sábado, 5 de novembro de 2011

Porto de Manaus



              Porto de Manaus o maior porto fluvial do Brasil

O edital de concorrência para a construção e exploração do porto de Manaus foi publicado em 5 de setembro de 1899, com base na Lei nº 1.746, de 13 de outubro de 1869, que adequava o regime de funcionamento dos portos do Império. Em 10 de agosto de 1900, a concessão foi outorgada à empresa inglesa B. Rymkiewicz & Co., sendo mais tarde transferida, em 8 de setembro de 1902, à Companhia Manaos Harbour Limited, também inglesa. Essa empresa deu continuação à implantação do porto, iniciando as obras de um cais fixo de 400m, dois cais flutuantes e 1.200m 2 de armazéns, tendo completado os trabalhos durante a segunda metade do ano de 1919. Pelo Decreto nº 60.460, de 13 de março de 1967, a União anulou o contrato dessa concessão, passando a administração das instalações ao então Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, do Ministério da Viação e Obras Públicas, que em 1967 foi extinto e sucedido pelo Ministério dos Transportes. Atualmente, pelo convênio nº 7, de 26/11/97, o porto passou a ser administrado pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH).

ADMINISTRAÇÃO 
É realizada pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH), por delegação ao estado do Amazonas.


Fica assegurado ao interessado o direito de construir, reformar, ampliar, melhorar, arrendar e explorar instalação portuária, dependendo:

I - de contrato de arrendamento, celebrado com a União no caso de exploração direta, ou com sua concessionária, sempre através de licitação, quando localizada dentro dos limites da área do porto organizado;

II - de autorização do ministério competente, quando se tratar de terminal de uso privativo, desde que fora da área do porto organizado, ou quando o interessado for titular do domínio útil do terreno, mesmo que situado dentro da área do porto organizado.

Por sua vez, o art. 34 da mesma Lei 8630/93, ao dispor sobre a “administração do porto organizado” estabelece que:

“É facultado o arrendamento, pela Administração do Porto, sempre através de licitação, de terrenos e instalações portuárias localizadas dentro da área do porto, para utilização não afeta às operações  portuárias, desde que previamente consultada a administração aduaneira”


LOCALIZAÇÃO 
Situa-se na margem esquerda do rio Negro, na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, distando 13km da confluência com o rio Solimões.

ÁREA DE INFLUÊNCIA 
Compreende quase todo o estado do Amazonas, excetuando-se os municípios das partes altas dos rios Madeira, Purus e Juruá, e os estados de Roraima e Rondônia.

ÁREA DO PORTO ORGANIZADO 
Conforme a Portaria-MT nº 1.022, de 20/12/93 (D.O.U. de 22/12/93), a área do porto organizado de Manaus, no estado do Amazonas, é constituída:
a) pelas instalações portuárias terrestres existentes na cidade de Manaus, na margem esquerda do rio Negro, tendo como limites extremos, a montante do porto, a foz do igarapé São Raimundo e, a jusante, a foz do igarapé Educandos, ambos no rio Negro, abrangendo todos os cais, docas, pontes e píeres de atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessas áreas e em suas adjacências pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de Manaus ou sob sua guarda e responsabilidade;

b) pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo as áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a" acima, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do poder público.

Terminal de Carga > Infraestrutura
Áreas
Área:                           77.660.48 m²
Área flutuante:          16.763,05 m2
Área total:                  94.423,53 m²
Profundidade do canal de acesso:                                     13,5m
Profundidade no cais na vazante (área externa):             18,0m
Profundidade no cais na enchente (área externa):           35,0m
 Berços de atracação:
Roadway:            1 (um) para 1(um) navio
Torres:                 2 (dois) para 3(três) navios
Berços Fixos:      (somente na cheia) 3 (três) para 3 (três) navios
 Extensão de cais acostável: Fixos
Paredão:                          289,45 m
Plataforma Malcher:         293,00 m
Obs.: Somente em determinado período do ano (enchente)Flutuantes
Roadway:       253,00m
Torres:            360,45m
Armazéns            
Armazém nº 23:                       2.166,30m²
Armazém nº 20:                      1.476,88m²
Armazém nº 15:                          680,65m²
Estação Hidroviária:                4.266,80m²
Armazém nº07:                          960,00m²
Armazéns nºs 0, 3 e 4:             7.967,92m²
Pátios
Terminal de Container(154m x 139m):           21.406 m²
Paredão:                                                        18.747,18 m²
Área Flutuantes:                                            16.763,05 m²
 Pontes 
(02) de acesso aos flutuantes cap. 70t
Outros 
Rede de água potável de 100mm para abastecimento de navios
Rede de energia elétrica 380 Volts
Régua de leitura das cotas de nível do Rio Negro


ACESSOS 
RODOVIÁRIO - Formado pelas rodovias AM-010 (Manaus - Itacoatiara), bem como pelas rodovias BR-174 e BR-319, ligando o porto, respectivamente, aos estados de Roraima e Rondônia.
FERROVIÁRIO - Não há.
MARÍTIMO - A extensão total do percurso desde a foz do rio Amazonas, onde o calado é limitado a 10m, até o rio Negro em Manaus, é de aproximadamente 1.500km, constituindo uma via navegável natural. O trecho, com aproximadamente 15km, da embocadura do rio Negro até o porto, oferece, em suas condições mais restritivas, largura de 500m e profundidade de 35m.
FLUVIAL - O acesso fluvial ao porto se faz pelo rio Negro, afluente da margem esquerda do rio Amazonas.



INSTALAÇÕES 
As instalações de acostagem consistem nos flutuantes do Roadway e das Torres. O flutuante do Roadway possui cinco berços, numa extensão de 253m, e o das Torres, também com cinco berços, se desenvolve por 268m. Ambos estão ligados a um cais fixo por meio de duas pontes flutuantes de 100m de comprimento cada uma. Os berços, cujas profundidades variam entre 25m e 45m, permitem atracação, nas faces externas dos flutuantes, a navios de longo curso e, nas partes internas, a embarcações fluviais.
Pode, ainda, ser utilizado o cais fixo denominado Cais do Paredão, com 276m de comprimento e profundidades variando de 2m a 12m, e o cais da Plataforma Malcher, com 300m e profundidades de 1m a 11m, para movimentação de contêineres. A grande variação de profundidades nesses cais decorre do regime das águas do rio Negro. Para armazenagem, o porto possui nove armazéns de carga geral, somando 16.232m2 de área coberta, e dois pátios descobertos na Plataforma Malcher, um deles com 23.400m2, e o outro, para contêineres, ocupando 17.823m2. Entre os terminais de uso privativo destacam-se os da Moageira de Trigo da Amazônia S.A.; da Joaquim Fonseca Navegação, Indústria e Comércio (Jonasa), com movi-mentação no sistema ro-ro; da Refinaria Reman, para óleo cru, combustíveis e derivados; e da Brasilit, para materiais de construção, também com operações ro-ro.

EQUIPAMENTOS 
2 empilhadeiras de 45t,
 2 empilhadeiras de 37t, 1 empilhadeira de 25t, 1 empilhadeira de 13t,  2 empilhadeiras de 7t, ; 40 empilhadeiras com capacidade de 2,5t a 7t de propriedades de operadores portuários à disposição da operação do porto; 1 guindaste sobre rodas de 50t; 1 guindaste sobre rodas de 15t; 1 guindaste sobre trilho elétrico de 3,2t; 1 cábrea João Pessoa com propulsão própria e com capacidade de 100t; 2 rebocadores de 1.680H.P.

FACILIDADES 
O porto possui sistema de segurança e vigilância, 24h por dia, utilizando 4 turnos de serviço. Conta também com um circuito fechado de TV, composto de 23 câmeras de longo alcance em todos os armazéns, pátios e prédios administrativos, com monitores instalados na guarda portuária, com gravação 24 horas por dia.



               Modalidade e Infra Estrutura
                                                                                                                                                                       



                              Movimentações de Cargas

                                      No cais publico

-Longo curso (carga geral)
*Cargas importadas: aparelhos eletrônicos, bebidas, bicicletas e acessórios, ferro, aço e ligas, materiais de construção, produtos alimentícios, produtos químicos, leite em pó, maquinas e acessórios, motocicletas e acessórios, tecidos entre outros.
*Cargas exportadas: aparelhos eletrônicos, bebidas, bicicletas e acessórios, madeira, material plástico e resina, produtos alimentícios, aparelhos de barbear, castanha, entre outros.
Na Cabotagem (carga geral)
*Cargas desembarcadas: aparelhos eletrônicos, bebidas, produtos alimentícios, produtos químicos, aparelhos de barbear, arroz, cimento, tecidos, entre outros.
*Cargas embarcadas: aparelhos eletrônicos, bicicletas e acessórios, ferro, aço, madeira, castanha, entre outros.
                                       Fora do cais
                             Terminais de uso privativo

“Terminal de Petrobras/Manaus (Renan)”
Longo curso (granel liquido)
*Cargas importadas: petróleo e derivados
Na cabotagem (granel liquido)
*Cargas desembarcadas: petróleo e derivados
*Cargas embarcadas: petróleo e derivados
“coordenadora de abastecimento Área de Manaus (Comao)
Na navegação fluvial (granel liquido)
*Cargas embarcadas: gasolina, óleo combustível, diesel, QAV.
“Terminal de hermasa (hermasa navegação da Amazônia S.S.) Itacoatiara”
No longo curso (granel solido)
*Cargas importadas: fertilizantes
*Cargas exportadas: soja
Nas navegações fluviais (granel solido)
*Cargas desembarcadas: soja em grãos
*Cargas embarcadas: fertilizantes
“Terminal da Trigolar(indústria moageira trigolar Manaus)”
No longo curso (granel solido)
*Cargas importadas: trigo
“Terminal dos super terminais (Manaus)”
No longo curso (carga geral)
*Cargas importadas: contêineres com insumos para a zona franca de Manaus.
*Cargas exportadas: contêineres com mercadorias produzidas na zona franca de Manaus
Nas navegações fluviais (carga geral)
*Cargas desembarcadas: contêineres com insumos para a zona franca de Manaus
*Cargas embarcadas: contêineres com mercadorias produzidas na zona franca de Manaus


Esta é uma reportagem muito interessante publicado pelo  g1.Globo 
http://g1.globo.com/videos/amazonas/v/projeto-para-revitalizacao-do-porto-de-manaus-ainda-nao-saiu-do-papel/1669004/